sábado, 11 de abril de 2009

paro. surpresa: as coisas continuam a acontecer.
largo. o mundo suspenso e auto-conduzido. não é meu.
nao tenho de ir a lado nenhum porque não. se calhar vou.
e se tiver onde ir, nao vou com ninguem, que já me esperam.
neste papel nao existe a ilusão da comunicação. só eu.
queria que fosse sempre assim. uma coisa boa é sempre uma coisa boa.
não batas o pé que fazes barulho e acordas o gato da tua vida.
e depois começas a descer aquela rua que tem uma praia lá em baixo.
e quando sobes a praia existe todavia.
por ti, passam os clientes seguintes. tambem não usam perfume.
do lado esquerdo há uma linha vertical para ti.
podes escrever o que quiseres mas não te estiques.
tenho a sensação de que não é apenas mais uma linha.
não interessa. é assim. a preguiça faz bem ao tempo.
se conseguires fazer um desenho para este texto posso-te amar.
e não vou entrar em paranoia porque já comi dois traingulos de queijo.
faço o que gosto. tu tambem mas isto não é uma conversa.
é só mais um dia que cumpro para não desistir amanhã.
hoje a noite tem riscas horizontais mas fico de pé.
não escrevo só para ti. há um ser bonito no espelho escondido do wc.
posso passar o tempo à tua espera. ou posso passar do tempo. ou por ele.
e se me dissesses olá davas-me tudo.
porque o que quero de ti...
pedro barreiros
viana do castelo 2009

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