domingo, 26 de abril de 2009

"sabés?"

há uma mancha estendida de pequenas luzes ao fundo, que reflectem o meu imaginário sobre a vida das pessoas, sobre aquelas que, em determinado momento, estão longe. é a primeira visão que reconheço na lucidez. ao perto, ergue-se astuto o orgão central da minha estrutura, formado em betão e cheio de grandes luzes que ofuscam a consciência de mim próprio. é um conjunto de duas coisas. a minha visão futurista/alarmista... o medo do fundo e o presente sólido e inevitável. se tivesse de passear o cão que não tenho evitaria o concreto. escolheria o caminho da visão lá do fundo, onde poderia admirar aquilo que ainda não sei. todos os dias penso no que me aconteceu e descubro que a força que retenho resistente dentro de mim não me dá pistas para o dia seguinte mas para uma coisa que há-de acontecer depois, mais tarde, quando o sol se puser mais tarde (como braço elástico da minha emoção mais forte)


pedro torres
vc 2009

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